| 19/03/2009 09h07min
Entre as várias polêmicas que deflagrou desde sua chegada ao Caxias, a primeira de Argel envolveu uma forte crítica à preparação física anterior. O fôlego dos atletas grenás estaria deixando a desejar logo no início da temporada. Prestes a completar dois meses de trabalho, a nova comissão técnica considera o desempenho atual bem mais próximo do satisfatório. Méritos do porto-alegrense Eduardo Schoeler, o Dudu, 27 anos, que avaliou de forma menos negativa a passagem do antecessor, Paulo Camello.
– No primeiro treino já detectei uma carência de velocidade e força. O grupo tinha muita base de resistência, porque a preparação anterior fazia um trabalho para a Série C. Não estava incorreto. A outra comissão técnica fez o trabalho que lhe foi designado. Só que o futebol, hoje, não permite pensar muito a longo prazo, se não der resultado – declarou
Conforme Dudu, que na tarde desta quarta, por exemplo, comandou quase uma hora de atividade física antes de Argel orientar um trabalho técnico, nos 10 dias de hiato entre a eliminação na primeira fase do Gauchão e os duelos com o Guaratinguetá pela Copa do Brasil foi possível melhorar sensivelmente a capacidade do time.
– Deu para aumentar a intensidade, a equipe já consegue suportar a força dos jogos por mais tempo, tem mais velocidade. E a resistência acaba sendo trabalhada na parte com bola, pelo Argel e o Claudiomiro (auxiliar técnico) – salientou.
O avanço estaria na casa dos 20% a 25%, em comparação ao rendimento anterior. A etapa seguinte do recondicionamento grená consiste na hipertrofia muscular, um trabalho específico de força. Neste aspecto, haverá um cuidado especial para evitar lesões musculares, problema ainda não enfrentado pela atual comissão técnica.
– Preservamos dos treinos aqueles que apresentam maior desgaste. Além disso, o grupo está mais homogêneo, jogando 90 minutos com rendimento elevado – explicou Dudu.
Um novo desafio surgiu no final da tarde de terça-feira, quando todos os 20 participantes da Série C descobriram que a CBF resolveu alterar a fórmula de disputa da competição. Em vez de uma fase classificatória com 18 jogos ao longo de aproximadamente seis meses, como se previa, serão apenas oito partidas, em cerca de 60 dias, com pouca margem para vacilos ou oscilações de desempenho.
– Mudou todo o planejamento. Agora teremos que comprimir a preparação, começando a 90%, 95%, porque não haverá tempo para recuperar depois. Teremos que entrar com nível elevado e manter elevado – observou.
O meia Rafael Crivellaro acusou cansaço muscular, saiu mais cedo do treino de ontem à tarde, mas não preocupa para enfrentar o Sapucaiense, sábado, às 16h, no Estádio Centenário.
O zagueiro Wágner, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, é o único desfalque certo para a partida, até o momento. O uruguaio Santín deve ser o substituto, formando a defesa com Zacarias.
Eduardo Schoeler: O futebol, hoje, não permite pensar muito a longo prazo, se não der resultado
Foto:
Juan Barbosa
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