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A Casa Branca pretende privilegiar as empresas norte-americanas nos contratos para a reconstrução da infra-estrutura do Iraque, após a eventual vitória militar. Os europeus provavelmente ficarão fora do rateio da reconstrução do Iraque pós-guerra. Apesar do apoio irrestrito de Tony Blair à política ofensiva de Bush, a Grã-Bretanha não ganhará muitos dividendos, pelo menos no que diz respeito ao setor da construção civil.
Segundo um importante executivo britânico da área de engenharia, o Corpo de Engenharia dos EUA, responsável pela escolha daqueles que farão a reconstrução, já tem relações com um restrito grupo de empresas norte-americanas. Na Guerra do Golfo em 1991, a reestruturação do Iraque já havia ficado em grande parte para os Estados Unidos.
A Agência de Desenvolvimento Internacional dos EUA (Usaid) já informou que várias empresas estrangeiras vão participar da reconstrução, mas que as norte-americanas terão prioridade, por questões jurídicas. Até agora, empresários evitam falar publicamente nos contratos bilionários que devem se seguir ao conflito, temendo que essa posição pareça insensível com o drama dos iraquianos.
Em 10 de março, na véspera do começo da guerra, a Usaid pediu a cinco empreiteiras norte-americanas que submetessem propostas de trabalho. A empresa vencedora vai receber cerca de 900 milhões de dólares para restaurar os serviços de saúde, portos, aeroportos e escolas do Iraque.
O grupo Bechtel e a empresa Fluor confirmaram que estão participando da concorrência. Segundo o Wall Street Journal, as demais convidadas são a Parsons, o Luis Berger Group e a Kellog Brown & Root, subsidiária da Halliburton, empresa que já foi comandada pelo vice-presidente Dick Cheney.
Na segunda-feira, a Usaid garantiu à empresa Stevedoring Services of America um contrato de 4,8 milhões de dólares para administrar o porto iraquiano de Umm Qasr, mesmo antes de as tropas anglo-americanas assumirem totalmente o controle sobre a cidade.
A britânica Peninsular & Oriental Stream Navigation, uma das três maiores no setor em todo o mundo, também disputava esse contrato. Ela é muito maior do que a Stevedoring.
Muito mais difícil é a situação das empresas de outros países europeus, especialmente da França e da Alemanha, cujos governos se opõem ao conflito.
As informações são da Agência Reuters.
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