O Villarreal está disposto a trabalhar com uma oferta de até € 8 milhões (R$ 24 milhões) por Douglas Costa, de 18 anos. O parâmetro usado pelos espanhóis é o negócio envolvendo o atacante Carlos Eduardo, que em agosto de 2007 foi para o Hoffenheim, da Alemanha, por este valor. O Grêmio, entretanto, não aceita nem sentar para conversar por menos de € 10 milhões.

O clube, que tem dívida de € 150 milhões, de acordo com o jornal Marca, de Madri, não pode ir além disso. Apesar dos valores assustadores – apenas cinco clubes no país estariam em situação pior –, os débitos não chegariam a ameaçar seu futuro. Em campo, o Villarreal vive boa fase. Está em quarto lugar no Campeonato Espanhol, e classificado para enfrentar o Arsenal pelas quartas-de-final da Liga dos Campeões.

– Eles observam o Douglas há seis meses e estão convictos de que ele é o meia de que precisam. O interesse existe – afirmou César Bottega, empresário e procurador do jogador.

De contrato renovado no ano passado até setembro de 2013, Douglas é dono de 20% de seus direitos econômicos. Os outros 80% são do Grêmio. O Villarreal adotou o negócio de Carlos Eduardo como exemplo. Vendido aos 20 anos, o atacante não tinha a mesma trajetória considerada excepcional de Douglas nas seleções de base da CBF. Entretanto, quando o Hoffenheim pagou os € 8 milhões, ele já era titular absoluto e tinha no currículo o vice da Copa Libertadores de 2007, o que compensou a passagem de menos brilho na seleção. Assim, se fosse titular do técnico Celso Roth, Douglas valeria mais.

– Ele vinha de um ano e três meses de sequência em alto nível, com várias convocações e teve esta parada no Grêmio. Quanto mais tempo ficar nessa condição, mais o seu valor cairá – argumentou Bottega.

– Se os valores forem mesmo estes, é melhor nem virem a Porto Alegre. Temos o nosso preço e não abriremos mão dele – avisou o vice de futebol gremista, André Krieger.