| 28/03/2003 17h02min
A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) pediu aos Estados Unidos na quinta-feira, dia 27, para que resguarde a herança cultural iraquiana, citando fontes que revelam bombardeios contra sítios históricos durante os oito dias da guerra.
A civilização na região em que hoje se encontra o Iraque remonta ao quarto milênio antes de Cristo, época da fundação da antiga Mesopotâmia. A área atravessou uma sucessão de culturas, incluindo suméria, babilônica e arábica. Os especialistas acreditam que pode haver até 25 mil sítios arqueológicos de grande interesse no país. Alguns de seus museus estão próximos a locais estrategicamente importantes do ponto de vista militar.
– O Iraque, centro de civilizações que remontam a milhares de anos, tem muitos tesouros e sítios que são parte valiosa da herança de toda a humanidade – disse em comunicado o diretor geral da Unesco, Koichiro Matsuura.
Matsuura intima os Estados Unidos a "tomar todas as medidas possíveis para proteger e preservar a herança notavelmente rica do Iraque, pelo bem das gerações futuras". A Unesco informou que depois de oito dias da guerra liderada pelos Estados Unidos, surgiram informes de fontes iraquianas e historiadores sobre danos causados a edifícios culturais em Bagdá, Mosul e Tikrit.
O vice-diretor cultural da Unesco, Munir Bushenaki, disse que foi informado de danos aos museus de Tikrit e Mosul e viu imagens pela televisão de um local, identificado como o palácio de Al-Zohour, atacado por bombas.
– O palácio abriga um museu que contém uma coleção importante de obras – disse.
Bushenaki disse que a Unesco enviou a Washington uma mapa com os sítios arqueológicos e museus iraquianos, e o Pentágono recebeu comunicados de especialistas sobre locais vulneráveis.
As informações são da agência Reuters.
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