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Com as tropas dos Estados Unidos batendo às portas de Bagdá, o presidente norte-americano, George W. Bush, disse nesta quinta, dia 3, que "as garras estão se fechando" e que nada impedirá o sucesso da missão cujo objetivo é derrubar o presidente iraquiano Saddam Hussein.
Falando a 12 mil soldados que usavam uniformes de camuflagem e o receberam sob o sol, no pátio de manobras em Camp de Lejeune, na base dos Fuzileiros Navais em Carolina do Norte, ele declarou que "as garras estão se fechando e os dias de um regime brutal estão chegando ao fim".
Bush parecia decididamente mais otimista sobre o progresso da guerra do que nos últimos dias, e começou seu discurso com um toque de humor negro:
– Não há visão mais agradável que 12 mil Fuzileiros Navais dos Estados Unidos. A não ser que você seja membro da Guarda Republicana iraquiana.
– Nenhuma trapaça do inimigo, nenhum crime de um inimigo moribundo, nos desviará de nossa missão. Depois de avançar centenas de quilômetros, agora é hora dos 200 jardas (cerca de 180 metros) finais – disse ele, causando uma ruidosa ovação dos marines e de suas famílias.
Desde o último pronunciamento público de Bush sobre a guerra, na segunda-feira, quando surgiram controvérsias sobre o tamanho da força de invasão, e tempestades de areia, linhas de suprimento vulneráveis e resistência superior à esperada dos iraquianos detiveram o avanço, as notícias melhoraram.
A 3ª Divisão de Infantaria do Exército e a 1ª Divisão de Fuzileiros Navais, ambas estacionadas por uma semana a cerca de 80 quilômetros de Bagdá, avançaram virtualmente sem oposição e estão a 10 quilômetros da capital iraquiana.
Em Najaf, a 101º Divisão Aerotransportada enfim encontrou a recepção calorosa que muitos dos membros mais belicosos do governo Bush previam que seria dada às forças norte-americanas em todo o Iraque.
E o audacioso resgate da soldado Jessica Lynch, 19, uma encarregada de suprimentos do Exército ferida e capturada pelos iraquianos, reanimou os norte-americanos.
Bush declarou que "os Estados Unidos e nossos aliados prometeram agir se o ditador não se desarmasse, e o regime iraquiano agora aprendeu que cumprimos nossa palavra. Removeremos as armas de destruição em massa das mãos de assassinos em massa".
Depois de almoçar no refeitório da base, o presidente se encontrou pela primeira vez com familiares de soldados mortos na guerra. Pelo menos 11 dos norte-americanos mortos em ação estavam baseados em Camp Lejeune, e seis outros soldados da base estão desaparecidos em ação.
O presidente e a primeira dama, Laura Bush, passaram 30 minutos confortando os combalidos familiares e amigos de cinco dos marines mortos. Cerca de 24 mil soldados baseados em Camp Lejeune estão no Iraque. As informações são da agência Reuters.
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