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Um dia após um intenso bombardeio contra um prédio onde estaria Saddam Hussein, o serviço de inteligência britânico (MI-6) afirmou nesta terça, dia 8, que o líder iraquiano sobreviveu ao segundo ataque destinado a matá-lo e ao seu círculo próximo, incluindo seus dois filhos, Uday e Qusay.
Fontes da inteligência britânica citadas pelo jornal The Times e pela BBC acreditam que Saddam deixou o prédio no distrito de Al-Mansur, em Bagdá, pouco antes de as quase quatro toneladas de bombas americanas GBU-31 "arrasa bunker" reduzirem o edifício a escombros, na segunda.
Conforme admite o serviço de inteligência britânico, o ditador pode ter escapado do bairro bombardeado usando túneis ou, ainda, como um iraquiano qualquer, num carro. O Pentágono, por sua vez, mostrou cautela sobre o paradeiro de Saddam, mas observou que, como a Guarda Republicana ainda demonstra, mesmo que timidamente, algum poder de reação, é provável que Saddam esteja vivo. As forças americanas "não têm informação precisa sobre o dano causado ao objetivo ou sobre indivíduo ou indivíduos que estavam no local", disse o general Stanley McChrystal, subchefe de operações do Estado-Maior Conjunto.
O governo do Iraque disse que dois corpos foram retirados dos escombros no distrito de Al-Mansur e que 14 outros estariam sob os destroços. Mas negou que houvesse representantes do regime no local. Saddam não fez nenhuma aparição nem declaração nesta terça, porém representantes do governo iraquiano asseguram que o presidente estava bem e no comando das tropas que resistem à invasão.
Se o fracasso do ataque se confirmar, esta terá sido a segunda operação frustrada lançada pelos Estados Unidos para "decapitar o regime". O primeiro ataque destinado especificamente a matar Saddam foi em 20 de março, quando começou o conflito. Nesse dia, um caça F-117 lançou quatro bombas GBU-31 de 900 quilos cada uma contra uma instalação onde Saddam e seus colaboradores estariam.
No 20º dia da guerra no Iraque, as tropas norte-americanas continuam apertando o cerco contra a capital, Bagdá, e bombardeando posições iraquianas no norte e centro do país. Caças, tanques e artilharia norte-americana atingiram o centro da cidade, tendo como alvo escritórios do governo, enquanto soldados dos Estados Unidos invadiram a cidade por várias direções.
O fato que mais repercutiu foi o ataque de um tanque norte-americano, durante a manhã, contra um hotel onde se hospedavam jornalistas estrangeiros, matando dois cinegrafistas, um da Reuters, e outra de um canal espanhol. Um terceiro jornalista, da Al-Jazeera, foi morto no que a rede árabe chamou de ataque norte-americano contra seu escritório.
As informações são da agência Reuters e da Globo News.
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