| 10/04/2003 17h31min
A administração de Luiz Inácio Lula da Silva foi elogiada nesta quinta, dia 10, pelos diretores do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (Bird), com ressalva para a necessidade de manter o equilíbrio fiscal. O governo federal pretende encaminhar para o Congresso as reformas estruturais ainda no primeiro semestre.
Horst Köehler, diretor-gerente do FMI, disse em entrevista coletiva estar impressionado com a liderança demonstrada por Lula nos primeiros cem dias de seu governo. Ele frisou ainda que o presidente brasileiro teria a credibilidade que falta em outros líderes, acrescentando que a meta de combinar crescimento com igualdade social é o objetivo correto para o Brasil.
Com opinião semelhante, o presidente do Banco Mundial, James Wolfensohn, declarou que o Brasil tem todas as possibilidades de conseguir êxito. No entanto, segundo os dois, é preciso que o governo tenha cautela fiscal.
Questionado sobre se o FMI aceitaria deixar os gastos sociais fora do cálculo do déficit fiscal, Köehler disse que há como evitar a tentação de recorrer a alternativas paralelas.
– Meu conselho é que não se deve utilizar truques para contornar as obrigações ou metas fiscais – disse.
O Brasil recentemente elevou a meta de superávit primário de 3,75% para 4,25% em 2003, para garantir o cumprimento com as obrigações de sua dívida pública.
Wolfensohn afirmou ainda que o governo brasileiro reconheceu que com responsabilidade fiscal pode ter um maior acesso aos mercados e baixar o custo da dívida.
As reuniões de Primavera do Banco Mundial e do FMI serão realizadas dentro de poucos dias, contando com a presença de autoridades brasileiras como o ministro da Fazenda, Antônio Palocci. As informações são da agência Reuters.
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