Militares norte-americanos convocaram, neste sábado, dia 12, especialistas em armas a comparecer a uma base aérea perto de Kirkuk, no norte do Iraque, onde foi descoberta uma ogiva suspeita de conter agentes químicos. Testes preliminares revelaram a presença de vestígios de um agente que ataca o sistema nervoso.

Em uma escala de um a seis, o elemento atingiu o nível mínimo, mas que pode ser coerente com o vazamento de alguma arma química, segundo militares dos EUA. Ainda são aguardados testes mais conclusivos sobre a substância.

A extremidade pontiaguda da ogiva, encontrada nessa sexta, dia 11, foi marcada com uma faixa verde, o que, segundo fontes militares, representa o símbolo universal de armamentos químicos. Em uma caixa próxima, foi descoberto um míssil com 3,9 metros de extensão, mas não está claro se existe alguma relação com a ogiva.

A busca por armas de destruição em massa e armamentos químicos pode gerar uma crise diplomática na guerra. Segundo o jornal The Guardian, a Grã-Bretanha e os EUA estão passando por cima das Nações Unidas e teriam estabelecido um grupo de inspetores paralelo na busca de armas. O grupo se chamaria US-movic, em oposição a Unmovic, a Comissão de Controle, Verificação e Inspeção chefiada pelo sueco Hans Blix.

O grupo de investigadores parelelo, chefiado por Charles Duelfer, teria ido para o Kuwait uma semana antes da guerra e estaria viajando pelo Iraque. A comprovação da existência do US-movic criaria um problema diplomático para a Grã-Bretanha, que se comprometeu com o Unmovic.

Neste sábado, soldados americanos encontraram dezenas de coletes usados por suicidas embalados com explosivos numa escola de Bagdá. Os coletes foram descobertos próximo a detonadores ainda lacrados, mas havia algumas embalagens já abertas, o que sugere que novos ataques com homens-bomba podem acontecer.

As informações sãp da Globo News e da CNN.