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Em relatório divulgado neste domingo, dia 13, o Banco Mundial (Bird) condenou a falta de abertura econômica dos países ricos e pediu mais ajuda econômica às nações em desenvolvimento. A edição anual dos Indicadores de Desenvolvimento Mundial mede o progresso de diferentes regiões do globo para alcançar as Metas de Desenvolvimento do Milênio, que têm por objetivo reduzir pela metade a pobreza registrada em 1990 em 25 anos.
Segundo o Bird, há "disparidades alarmantes" entre a qualidade de vida nos países ricos e pobres. Apesar disso, o relatório registrou uma diminuição da pobreza extrema no mundo. O número de pessoas que vivem com menos de um dólar por dia baixou de 1,3 bilhão em 1990 e para 1,16 bilhão em 1999.
A estimativa é que o número de pessoas vivendo no nível de pobreza extrema na América Latina diminuirá de 57 milhões atualmente para 47 milhões em 2015. A medida de um dólar por dia corresponde à definição do banco para "extrema pobreza".
Para o Bird, a redução da pobreza depende de uma abertura ao comércio agrícola por parte das nações mais ricas. A instituição também pediu aos países desenvolvidos para que ampliem a assistência econômica para resolver o que o economista-chefe da instituição, Nick Stern, chamou de "a outra guerra", fazendo alusão entre o conflito no Iraque e o combate à pobreza.
Stern disse que os países pobres são fortemente prejudicados pelas barreiras comerciais sobre bens agrícolas impostas pelas nações ricas.
– Estimamos que, se essas barreiras fossem eliminadas, poderíamos ver em alguns anos um aumento nas receitas anuais do mundo de US$ 800 bilhões – disse.
Países como Argentina e Brasil têm insistido que as nações ricas devem eliminar as tarifas ao comércio agrícola, como condição para garantir uma maior abertura a seus próprios mercados.
O presidente do Bird, James Wolfensohn, comentou os dados, destacando que 10 milhões de crianças morrem anualmente antes de completar cinco anos de idade e que 1 bilhão de pessoas não tem acesso à água potável. Também ressaltou que mais de 100 milhões de crianças nos países pobres não têm acesso à escola primária.
As informações são da Reuters e Zero Hora.
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