Representantes de países do Oriente Médio se reuniram nesta sexta, dia 18, para discutir a situação do Iraque pós-Saddam, enquanto os Estados Unidos seguem adiante com seus próprios planos para o país devastado pela guerra. Um dos oito países representados no primeiro fórum regional pós-guerra foi a Síria, hoje sob pressão dos EUA por supostamente dar abrigo a assessores de Saddam Hussein e desenvolver armas químicas.

O encontro em Riad foi promovido pela Arábia Saudita com o objetivo de discutir as implicações para a região da esmagadora vitória norte-americana no Iraque. Participam do encontro os chanceleres do Irã, Turquia, Síria, Kuweit e Jordânia, países que fazem fronteira com o Iraque, e também os do Egito e Bahrein.

Excetuando a Síria e o Irã, todos são aliados dos EUA e ofereceram algum tipo de apoio à invasão norte-americana do Iraque. Nenhum desses países nutre qualquer amizade por Saddam Hussein, cujas três décadas no poder foram concluídas este mês com a guerra liderada pelos EUA contra o Iraque. Mas agora todos querem participar da reconstrução do Iraque.

Quase todos os países do Oriente Médio querem que a ocupação anglo-americana termine imediatamente. Além disso, querem que os iraquianos elejam seu próprio governo – mas com a ajuda dos Estados vizinhos.

Em declaração noticiada nesta sexta pela agência de notícias iraniana, o presidente do Irã, Mohammad Khatami, disse que o papel dos países regionais no estabelecimento do novo governo iraquiano é muito importante. O chanceler sírio, Farouq al-Shara, disse esperar que o encontro peça a manutenção da "unidade, integridade e independência'' do Iraque.

– Ninguém pode prever quanto tempo será preciso para estabilizar o Iraque –disse ele. – Mas a ocupação não é a solução correta para encontrar a estabilidade.

As informações são da agência Reuters.