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Metalúrgicos da General Motors e da Renault entraram em greve por tempo indeterminado nesta terça, dia 22, paralisando a produção de veículos em duas fábricas no Brasil. De acordo com representantes dos sindicatos, cerca de 5 mil funcionários da fábrica da GM em São José dos Campos, em São Paulo, e 2,5 mil da unidade da Renault em São José dos Pinhais, no Paraná, cruzaram os braços pedindo maiores salários para compensar as perdas com a inflação.
Além de um aumento de 10,38% nos vencimentos, os funcionários da GM reivindicam redução da jornada semanal de trabalho de 40 para 36 horas e a criação de uma "cláusula de inflação", que garanta reajustes salariais toda vez que o índice de preços ao consumidor subir mais de 3%. Na Renault, os grevistas buscam reajuste de 14,61%.
Representantes de ambas as montadoras no Brasil confirmaram a paralisação, mas não comentaram o assunto. A fábrica da GM em São José dos Campos, produz os modelos Corsa, Meriva e Zafira além da picape S-10. A fábrica também é utilizada para montagens de motores.
Além de produzir motores, a unidade da Renault que está paralisada produz o Clio Sedan, Scenic, a van Master e a picape Nissan Frontier. A GM vai deixar de produzir 640 carros e 1,6 mil motores diariamente. Já a montadora francesa deixará de produzir 340 veículos e 900 motores por dia, afirmaram as empresas.
Com 17 mil funcionários no Brasil, somente a unidade da GM em São José dos Campos está paralisada, as demais unidades em São Caetano do Sul e no Rio Grande do Sul não foram afetadas pela greve. A Renault possui no Brasil somente a unidade de São José dos Pinhais.
Sindicalistas informaram que a diretoria da GM vai se reunir ainda nesta terça para tentar costurar um acordo. As conversas com a direção da Renault ainda estão suspensas. O movimento é a segunda grande greve que ocorre no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que tem se distanciado das disputas pedindo às partes que encontrem uma rápida solução para o impasse.
No fim do mês passado, dezenas de milhares de metalúrgicos de 80 fábricas de auto-peças em São Paulo cruzaram os braços e só voltaram ao trabalho após conseguirem aumentos salariais para compensar perdas com a inflação do ano passado.
As informações são da agência Reuters.
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