| 30/04/2003 22h15min
A maior parte das sanções impostas pelos Estados Unidos (EUA) ao Iraque serão suspensas. A decisão, proposta nesta quarta, dia 30, pelo Departamento de Estado norte-americano, visa a permitir o comércio e o envio de ajuda econômica ao país.
A sugestão foi feita no lançamento do relatório anual do departamento sobre o terrorismo, que cita avanços por parte da Síria e da Líbia. O relatório aponta uma sensível queda na atividade terrorista em 2002 e mantém as acusações de patrocínio do terror sobre sete países: Cuba, Irã, Iraque, Líbia, Coréia do Norte, Sudão e Síria. Por estarem na lista, esses países não podem comprar artigos militares dos EUA, não recebem ajuda econômica do país e sofrem várias outras restrições, inclusive financeiras.
Com a deposição do regime de Saddam Hussein, o secretário Colin Powell teria recomendado o fim da maioria das sanções contra o Iraque, embora o embargo de armas deva ser mantido. O relatório aponta redução significativa de ataques em 2002, com relação a 2001. No ano passado, houve 199 ataques por parte de terroristas internacionais, contra 355 em 2001.
O Irã é o alvo das maiores críticas do relatório. O texto acusa a Guarda Revolucionária Islâmica e o Ministério da Segurança e Inteligência de darem apoio e participarem do planejamento de atentados. Por outro lado, o relatório cita avanços por parte da Síria e da Líbia. Mas o texto se refere somente a 2002, e portanto não reflete fatos que poderiam ter piorado a avaliação da Síria e melhorado a da Líbia aos olhos dos EUA. Durante a guerra no Iraque, a Casa Branca acusou Damasco de dar abrigo a autoridades fugitivas do regime de Saddam Hussein.
Entre outras conclusões, o relatório aponta que os EUA estão contentes com a cooperação do Sudão nas suas atividades antiterror e que o Irã tem uma postura dúbia frente à rede Al-Qaeda e incentivou atividades antiisraelenses, tanto no nível retórico quanto no operacional. Também aponta que O Iraque serviu de abrigo, ponto de trânsito e base operacional para grupos ou indivíduos que dirigem sua violência contra Estados Unidos, Israel e outros países, que a resposta norte-coreana aos esforços internacionais contra o terrorismo foi frustrante, e que Cuba se opôs aos esforços norte-americanos de combate ao terror.
Com informações da agência Reuters.
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