Faltou pouco para o Figueirense conquistar neste domingo, dia 4, diante do São Paulo, no Morumbi, a primeira vitória no Campeonato Brasileiro 2003. Apesar de ter ficado à frente do marcador até os 34 minutos do segundo tempo com dois golaços de Sandro Hiroshi e Luiz Fernando, o alvinegro não suportou a pressão e cedeu a virada, por 3 a 2, no final.

Agora, a equipe catarinense enfrenta o São Caetano, em Florianópolis, no próximo domingo.

Com o resultado, o Figueirense permanece na zona de rebaixamento, agora com cinco pontos ganhos em sete rodadas. A partida mostrou um São Paulo mal organizado em campo.

No sábado à noite, o técnico Oswaldo Oliveira foi dispensado pela diretoria do clube e no seu lugar assumiu o preparador de goleiros Roberto Rojas. Talvez por este motivo e pela vitória conquistada contra o mesmo Figueirense no meio da semana por 1 a 0 pela Copa do Brasil, o time paulista entrou no gramado com o freio de mão literalmente puxado.

Já o Figueirense, que não tinha nada a ver com a situação, imprimiu um ritmo forte desde o início. Logo aos sete minutos do primeiro tempo, o estreante Léo Macaé recebeu passe açucarado do atacante Sandro Hiroshi e perdeu boa chance de abrir o placar. Três minutos depois, a equipe paulista deu o troco com o goleiro Rogério Ceni que acertou o travessão em cobrança de falta.

O susto não mudou a postura do Figueirense, que usou o esquema 3-5-2. Mesmo atuando fora de casa, o alvinegro catarinense partiu para cima do adversário e não demorou muito para fazer o primeiro gol. Aos 14 minutos, Sandro Hiroshi pegou a bola na intermediária, driblou o volante Adriano como quis, deixou o zagueiro Jean sentado no chão e, com categoria, disparou um chute certeiro no canto esquerdo de Rogério Ceni. Um golaço.

Dois minutos depois, por pouco o mesmo Sandro Hiroshi não ampliou. A partir daí, o Furacão recuou em campo. Os atacantes Luis Fabiano e Kaká ganharam liberdade nas jogadas ofensivas e começaram a incomodar, embora as chances se restringissem a chutes de longa distância.

Aos 28 minutos, uma disputa de bola entre os zagueiros Cléber e Márcio Goiano deixou os dois jogadores praticamente nocauteados. Goiano, com um corte profundo na boca, saiu no intervalo da partida, enquanto que Cléber permaneceu no jogo com a cabeça enfaixada.

No segundo tempo, um vacilo da defesa alvinegra, aos 10 minutos, permitiu o empate ao São Paulo. Kaká entrou livre pela direita e, de dentro da área, cruzou forte para Luís Fabiano igualar o marcador.

A torcida tricolor ainda comemorava quando o Figueira voltou a comandar o placar. Numa bela jogada individual, Paulo Sérgio subiu ao ataque como se fosse um ponta direita e quase da linha de fundo fez um cruzamento alto e longo para Luiz Fernando, que livre de marcação, acertar um voleio indefensável: 2 a 1.

O São Paulo partiu para cima do Figueirense de forma afoita e, em 12 minutos, virou o resultado. Aos 34, com Luis Fabiano e aos 46, com o zagueiro Gustavo Nery.