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A edição desta quarta, dia 7, do jornal norte-americano The New York Times denuncia que a Coréia do Norte ameaçou, durante as negociações com os Estados Unidos em Pequim, exportar armas nucleares e aumentar seu arsenal. Citando autoridades norte-americanas, a reportagem afirma que o negociador norte-coreano, Li Gun, fez a ameaça durante um encontro paralelo com o secretário de Estado assistente dos EUA, James Kelly.
Li teria dito que Pyongyang "exportará armas nucleares, aumentará seu arsenal atual ou testará um aparato nuclear".
– Foi uma ameaça clara – rebateu uma autoridade norte-americana descrita pelo jornal como familiarizada com os relatos sobre as negociações de três dias entre Washington e Pyongyang.
De acordo com o diário, os norte-coreanos também disseram estar no final do reprocessamento de combustível que pode ser usado para fazer bombas atômicas. Li, conforme a reportagem, disse que as medidas de Pyongyang dependerão da resposta dos EUA às suas propostas. Kelly teria repudiado as colocações da Coréia do Norte, consideradas uma ameaça e, portanto, inaceitáveis.
Na última segunda, o The New York Times revelou que os EUA estão abandonando a política de impedir a produção de armas nucleares pela Coréia do Norte e trabalhando para impedir que o país exporte o material usado na fabricação de armas.
A crise envolvendo a Coréia do Norte teve início em outubro, quando os EUA revelaram que, em um encontro entre autoridades norte-americanas e norte-coreanas, Pyongyang teria admitido manter um programa nuclear secreto. Em novembro, o governo do presidente George W. Bush anunciou que deixaria de fornecer combustível ao país, visto que a Coréia do Norte estaria desrespeitando um acordo firmado em 1994. Segundo o tratado, o país se comprometeu a abandonar o programa nuclear em troca de fornecimento estável de combustível pelos EUA.
No dia 29 de dezembro, a Coréia do Norte expulsou do país os últimos inspetores de armas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, ligada à Organização das Nações Unidas – ONU), responsáveis pelo monitoramento do complexo nuclear de Yongbyon - capaz de enriquecer plutônio para uso em armas nucleares. Os inspetores deixaram a Coréia do Norte no dia 31 de dezembro.
As informações são da agência Reuters.
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