O ministro do Interior do Marrocos, Al Mustapha Sahel, informou  que 24 pessoas morreram e 60 ficaram feridas em cinco explosões na noite desta sexta, dia 16, em Casablanca, capital comercial do país, informou a televisão marroquina. Segundo o ministro, a maior parte dos mortos é marroquina.

Anteriormente, a agência estatal de notícias MAP informara que pelo menos 20 pessoas haviam morrido em quatro explosões, três delas provocadas por carros-bomba.

De acordo com o canal de televisão 2M, monitorado pela britânica BBC, o ministro disse acreditar que os ataques "foram realizados por pessoas ligadas a grupos terroristas internacionais".

Oficiais americanos acreditam que os ataques podem estar ligados à rede terrrista Al-Qaeda, de Osama bin Laden. Entretanto, fizeram uma ressalva lembrando que ainda é cedo para confirmar se o grupo extremista está envolvido

De acordo com a agência MAP, as explosões tiveram como alvo um centro comunitário judeu, o centro cultural espanhol e, aparentemente, o consulado da Bélgica. O Hotel Safir, localizado no centro de Casablanca, também foi atingido.

As explosões em Casablanca ocorreram após ataques suicidas contra um condomínio habitado por estrangeiros em Riad, capital da Arábia Saudita, na segunda-feira, que deixaram 34 mortos e lançaram um alerta global de que a rede Al-Qaeda, de Osama bin Laden, poderia estar tramando mais atentados.

Três suspeitos foram detidos, informou a agência MAP, sem dar detalhes.

Casablanca fica na costa atlântica do Marrocos, 95 quilômetros a sudoeste da capital Rabat.

Em maio e junho do ano passado, o Marrocos prendeu três sauditas e sete marroquinos suspeitos de integrarem a Al-Qaeda por supostamente planejarem um ataque contra navios de guerra dos EUA e Grã-Bretanha no estreito de Gibraltar e atentados terroristas contra locais turísticos no país.

Em agosto do ano passado, autoridades locais prenderam 30 radicais islâmicos por supostamente assassinarem vários marroquinos.