| 20/05/2003 09h02min
Apesar do impacto provocado pelos altos preços de alimentos e remédios, a inflação medida pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em São Paulo voltou a cair, um dia antes de o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciar sua decisão sobre a taxa básica de juros. A variação de preços pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), na segunda quadrissemana de maio, recuou para 0,30%, a quarta queda consecutiva. Na medição anterior, na primeira quadrissemana, o índice estava em 0,40%.
A desaceleração soma-se a outros indicadores de preços, como o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), divulgado na última segunda. Pela primeira vez desde março de 2002, observou-se variação negativa, e a taxa revelou uma deflação de 0,28%.
Um dos componentes do IPC seguiu o comportamento notado no IGP-M e registrou deflação. Transportes – que compreende o subgrupo combustíveis – teve queda de preços de 0,14%. Na contramão, Vestuário apresentou a
maior alta, e os preços do setor
subiram em média 1,23% em razão do Dia das Mães. Alimentos e Saúde, os vilões do mês anterior, tiveram altas bem menores, de 0,30 e de 0,25%, contra 0,49 e 0,33%, respectivamente, na primeira quadrissemana.
A inflação da segunda quadrissemana corresponde ao período de 30 dias encerrado em 15 de maio, comparado com as quatro semanas imediatamente anteriores. O IPC compreende a variação dos preços no município de São Paulo de famílias com renda até 20 salários mínimos. A Fipe, da Universidadede São Paulo, informa os números semanalmente.
As informações são da agência Reuters.
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