| 11/12/2000 21h04min
O Ministério da Agricultura determinou o abate sanitário de 17 bovinos dos municípios de Jóia, Augusto Pestana e Eugênio de Castro. São animais que reagiram à prova sorológica que ainda está sendo realizada em um total de 16 mil amostras retiradas das zonas infectada e de vigilância da área atingida pela febre aftosa no Estado. Conforme o secretário-substituto de Defesa Agropecuária, Rui Vargas, a medida é cautelar. Vacinação ou reações não específicas podem ter provocado o resultado. No entanto, o ministério não descarta o risco desses animais servirem como veículos na transmissão do vírus. De um total de 16 mil amostras para a realização do inquérito soroepidemiológico no laboratório de Recife, até esta segunda-feira, 3 mil já haviam sido analisadas. Se os testes detectarem o mesmo problema em outros exemplares, e se os índices forem pequenos, novos abates sanitários poderão ocorrer. Nesse caso, 15 propriedades serão atingidas. A partir desta terça-feira, os bovinos que serão mortos começam a ser avaliados para que os proprietários recebam as indenizações, que correspondem a 70% da avaliação do animal. O secretário da Agricultura, José Hermeto Hoffmann, garante que a necessidade de abate já era esperada, diante do processo de presença do vírus da aftosa na região. Os bovinos eliminados serão submetidos a um exame minucioso de tecido do esôfago, para que seja apontada a real extensão do problema. A secretaria da agricultura também está avaliando em que frigorífico os exemplares serão abatidos. Os testes nos chamados animais sentinelas, colocados na região dos focos depois do período de vazio sanitário, estão sendo realizados em um laboratório em Porto Alegre. De um total de 293 sentinelas, 107 já passaram por análise e não foram detectados problemas. Vargas explica que o resultado total do inquérito soroepidemiológico e dos testes nos sentinelas é o que indicará a real situação da região quanto à presença de febre aftosa. A conclusão deverá ser divulgada no próximo dia 22. Se o resultado demonstrar que não há mais o problema, em janeiro o ministério poderá voltar a decretar o Estado como zona livre de febre aftosa sem vacinação, esperando que, em 2002, a Organização Internacional de Epizootias (OIE) reconheça esse status sanitário no Circuito Pecuário Sul (formado por Rio Grande do Sul e Santa Catarina).
CAROLINA BAHIAGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.