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Cumprindo suas promessas, Israel demoliu nesta segunda, dia 9, um assentamento desabitado perto de Jerusalém, enquanto os nacionalistas judeus que vivem na região reivindicavam um direito divino para ocupar a terra.
Apresentado pelos Estados Unidos a israelenses e palestinos, o plano de paz prevê a desativação de assentamentos construídos ilegalmente desde a posse do primeiro-ministro Ariel Sharon, em março de 2001. Embora a operação já tenha começado, não se sabe ainda quantas das cerca de 60 instalações serão desmanteladas.
Alguns colonos judeus acreditam que Deus confiou a eles as colinas pedregosas da Cisjordânia. Outros torcem para que a violência palestina inviabilize o novo processo de paz na região, o que evitaria que os assentamentos tenham de deixar os territórios ocupados.
Em Givat Assaf, um conjunto de 15 trailers que pode ser demolido, os moradores estão armados, mas também prometem não resistir, embora ameacem voltar ao local durante a noite. Até agora, as escavadeiras militares não apareceram por lá, mas os soldados foram vistos subindo a estrada de terra que leva a outro assentamento, o de Amona Norte. Lá, eles destruíram um trailer e uma torre de observação. O acesso à torre de observação foi bloqueado por moradores do grande assentamento vizinho de Ofra, que fica em um vale próximo. Os soldados permanecem no local, mas não houve violência.
Horas antes da incursão em Amona, os cerca de cem moradores do local disseram que nunca esperaram que seu antigo aliado Sharon pudesse abandoná-los. Eles previam que, no máximo, alguns trailers em locais remotos fossem retirados. Alguns colonos prevêm bloquear as estradas, mas acreditam que o plano de paz vai fracassar como Oslo (o acordo de paz firmado em 1993) fracassou, e pelo mesmo motivo – o terror palestino.
Analistas concordam com esse motivo para o fracasso daquele acordo, mas somam a ele também a resistência dos colonos em sair dos territórios ocupados da Cisjordânia e da Faixa de Gaza. Os palestinos vêem os assentamentos judeus como usurpação das terras ancestrais árabes e frequentemente os atacam em protesto contra a ocupação israelense.
Para a comunidade internacional, todos os assentamentos, incluindo os 145 já estabelecidos, em enclaves de estilo suburbano que abrigam a maioria dos 220 mil colonos, são considerados ilegais. O plano de paz prevê o "congelamento" na expansão dos assentamentos maiores, como parte de um pacote de medidas recíprocas de reaproximação. A Autoridade Palestina, por sua vez, se comprometeu em conter os militantes violentos.
Com informações da agência Reuters.
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