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Caminhoneiros apontam armadilhas da BR-101

Zero Hora acompanhou piloto em trecho não-duplicado

Basta mencionar o assunto para qualquer caminhoneiro mostrar-se preocupado. Sujeitos a uma série de riscos no trecho da BR-101 entre Osório (RS) e Palhoça (SC), eles juntam-se ao coro dos que consideram prioridade a duplicação da via.

Além do perigo oferecido pelo fluxo intenso em um espaço estreito, a má-conservação da pista, os buracos freqüentes e o desnível nas cabeceiras de pontes tornam-se pesadelo para quem vive na estrada. Ao acompanhar o trajeto do piloto gaúcho de Fórmula Truck Jorge Fleck em uma carreta Volvo de 18 metros, Zero Hora constatou o drama desses caminhoneiros.

Para eles, enfrentar a BR-101 é um desafio diário - e uma questão de sobrevivência.

- É um grande paradoxo que o Brasil, um país rodoviário, mantenha nessas condições a estrada por onde passa todo o transporte do Sul - avalia Fleck.

A duplicação também traria benefícios econômicos. Uma carreta percorre cerca de 2,5 quilômetros por litro de diesel. Esse é o gasto médio em uma estrada em boas condições. No caso do trecho entre Osório e Palhoça, o rendimento é de dois quilômetros por litro.

- Para quem roda 12 mil quilômetros por mês, é uma economia e tanto. Calculando por cima, um caminhoneiro que trafega em uma estrada duplicada gasta 4,8 mil litros por mês. Na BR-101, seriam 6 mil litros - contabiliza Fleck.

( deca.soares@zerohora.com.br )

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