Apesar de apontar para uma forte baixa, a inflação medida em Porto Alegre mantém a tendência de ser maior do que a mediana do Brasil. Em maio, de acordo com dados apresentados nesta terça, dia 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) na capital gaúcha caiu para 0,76%. A variação média de preços obervada no mês passado em todo o país foi de 0,61%.

Porto Alegre mantém também uma seqüência de baixas. Em março, o IPCA alcançou 1,56% e, em abril, 1,26%. O acumulado do ano na capital chega a 7,38%. Já o índice nacional passou de 1,23%, em março, para 0,97% no quarto mês do ano e para os atuais 0,61%. De janeiro a maio o total é de 6,80%, consideravelmente superior aos 2,51% apurados no mesmo período no ano passado.

Os produtos alimentícios, em período de safra, subiram 0,63%, contra os 1,01% de abril. A maioria apresentou reduções significativas de um mês para o outro, destacando-se o tomate (de 17,58% para -30,62%), as hortaliças (de -3,27% para -7,55%), frutas (de -3,10% para -5,77%), óleo de soja (de -1,86% para -4,45%) e açúcar cristal (de 0,16% para -3,38%). Houve poucas altas, como a do arroz (de -0,60% para 14,46%) e a da batata-inglesa (de 8,22% para 12,98%), ambos em fase de menor oferta. O principal impacto individual positivo veio do aumento nas contas de energia elétrica: de 3,28% para 6,45% (0,27 ponto percentual), observados na maioria das regiões pesquisadas.

Regionalmente, o maior índice foi registrado em Recife (1,82%). Em Brasília (-0,31%), onde a gasolina teve queda de 6,52%, e em Curitiba (-0,36%), onde os preços dos alimentos caíram 0,20%, ocorreu deflação.

O IPCA refere-se às famílias com rendimento de um a 40 salários-mínimos e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília.

No mesmo ritmo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) na capital gaúcha também revelou uma tendência de baixa, passando dos 1,57% assinalados em abril para os atuais 1,38%. No país, o indicador foi de 0,99% e ficou abaixo da taxa de 1,38% referente ao mês anterior. Os alimentos, com 0,61%, ficaram com resultado abaixo do anterior, cuja taxa foi 1,15%. Os não alimentícios também tiveram menor variação, passando de 1,49% para 1,17%.