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A Constituição pacifista do Japão poderá ter seu caráter modificado depois da aprovação de uma lei que autoriza o envio de tropas para o Iraque. O governo japonês anunciou a medida nesta sexta, dia 13. A decisão agrada aos norte-americanos, entretanto, faz com que os próprios japoneses fiquem temerosos com a mudança. Até meados de julho, a nova legislação deverá ser aprovada pelo Parlamento.
Com a sanção da lei, o país terá maior participação na reconstrução do Iraque. Ela foi aprovada pelo partido governista PLD, após intenso debate. A Constituição do país só permite ações militares em defesa própria. A proposta foi aprovada no mesmo dia em que outra lei entrou em vigor, ampliando a capacidade defensiva do país, o que também foi alvo de críticas em alguns setores.
– Estou contente que eles tenham demonstrado bom senso – afirmou o primeiro-ministro Junichiro Koizumi a respeito de seu partido.
Houve discussões dentro do PLD durante a quinta, dia 12, quando a lei sobre as tropas de apoio deveria ter sido aprovada. A medida prevê que os militares só sejam enviadas para áreas ''livres de conflito militar'', mas os recentes ataques a soldados norte-americanos em várias partes do Iraque mostram que não existem essas áreas. Os japoneses correriam um risco ainda maior em razão de sua limitação constitucional para o uso de armas.
Não é a primeira vez que acontece uma polêmica como essas no Japão. Foi assim, por exemplo, quando o governo autorizou que seus soldados participassem de tropas de paz da ONU e colaborassem com os norte-americanos no Afeganistão. A nova lei foi elogiada pelo subsecretário de Estado Richard Armitage, que nesta semana passou pelo Japão.
As informações são da agência Reuters.
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