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A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu a Israel nesta sexta, dia 13, o fim dos assassinatos seletivos de militantes palestinos e dos trabalhos no muro que separa o território israelense da Cisjordânia. Para a ONU, estas táticas estão minando a proposta do "mapa da paz".
O subsecretário-geral da ONU, Kieran Prendergast, fez os apelos ao Conselho de Segurança, enquanto Israel prometeu travar uma "guerra até o fim" contra o Hamas, grupo militante palestino que jurou a destruição do Estado judeu e cujos líderes têm sido alvo de ataques letais de mísseis israelenses.
Separadamente, o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, disse a um jornal israelense acreditar que enviar uma força armada das Nações Unidas para manutenção paz poderia ajudar a acalmar a região. A idéia, levantada pela primeira vez por Annan há três anos, foi novamente defendida por palestinos e rejeitada por Israel.
Prendergast disse ao Conselho de Segurança da ONU que as perspectivas para progresso nas negociações de paz são agora "tênues", embora ainda persistentes. Segundo ele, Israel deve parar imediatamente com os assassinatos de militantes e parar de usar força "excessiva e desproporcional" em áreas civis, que tem provocado a morte e ferimentos de civis palestinos.
Israel lançou uma onda de ataques de mísseis contra militantes desde terça, incluindo uma tentativa fracassada de assassinar o líder do Hamas Abdel-Aziz Rantissi. O ataque foi criticado pelos Estados Unidos. Nesta quarta, um homem-bomba do Hamas matou 17 pessoas em um ônibus em Jerusalém.
Prendergast disse ainda que os palestinos devem cumprir suas obrigações previstas no "mapa da paz" e suspender os ataques contra israelenses. Com relação ao muro de segurança que Israel está construindo para separar seu território da Cisjordânia, Prendergast disse que isto vai isolar milhares de palestinos e pode obstruir futuras negociações sobre a forma de um eventual Estado palestino.
– Suspender a construção do muro iria contribuir para o esforço mútuo de melhorar as condições humanitária e de segurança e reiniciaria o processo político – afirmou.
O "mapa da paz", proposto pelo chamado quarteto de mediadores internacionais no Oriente Médio – Estados Unidos, ONU, União Européia e Rússia – prevê a criação de um Estado independente palestino em 2005.
As informações são da agência Reuters.
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