Em seu primeiro dia como técnico do Figueirense, Artur Neto reafirmou sua alegria de voltar a Santa Catarina, onde viveu os melhores momentos da carreira, elogiou o antecessor no cargo e comentou a possível contratação de reforços. Além disso, arregaçou as mangas, comandou parte do treino coletivo na tarde desta quarta, dia 18, e acenou com mudanças no esquema tático da equipe alvinegra para a sua estréia, no domingo, diante do Fortaleza, em Florianópolis.

Logo em sua chegada ao Orlando Scarpelli, no início da tarde, antes mesmo de descer para o gramado e conhecer os atletas, Artur Neto já respondia perguntas a respeito da caçada do clube por mais um atacante, que já havia sido antecipada pelo vice-presidente João Batista Baby na semana passada.

O jogador pretendido pela direção teria características de área, e não de movimentação, como grande parte dos disponíveis no atual grupo. O novo técnico, no entanto, preferiu não se comprometer com prazos e nomes.

– Qualquer grupo pode ser melhorado, mas o ideal é trazer alguém que venha para qualificar mais a equipe, e não para ser mais um componente. Existe uma dificuldade, porque os principais nomes já estão no mercado, mas às vezes se encontra um bom jogador que esteja sem clube, como foi o caso do Edmílson – explicou, a respeito do atacante contratado há uma semana.

Antes de vestir o agasalho e comandar seu primeiro treino na nova casa, Artur Neto elogiou Vágner Benazzi, liberado pelo clube na terça, e não escondeu a felicidade por voltar aos holofotes barrigas-verdes.

– Quero reafirmar a minha satisfação em voltar a Santa Catarina, estado de que eu gosto muito. E também destacar o excelente trabalho realizado por Vágner Benazzi, que levou o Figueirense ao título catarinense deste ano – declarou, distribuindo amabilidade.

O trabalho de Vágner Benazzi foi elogiado, mas existe pouca possibilidade de que ele seja perpetuado. A primeira parte do treino coletivo realizado à tarde foi comandada pelo preparador físico Celso Rezende, e a equipe foi armada no 3-5-2, como vinha ocorrendo. Durante cerca de 45 minutos, Artur Neto apenas observou.

A segunda parte, sob sua batuta, teve cenário completamente diferente. Triguinho deixou a ala esquerda, para o deslocamento do zagueiro André Luís, mudando o esquema para 4-4-2. Outras mudanças foram na lateral direita – de Paulo Sérgio para Pedro – e no ataque – de Léo Macaé para Roberto.