Tropas israelenses prenderam nesta terça, dia 24, mais de 130 palestinos durante buscas por militantes, provocando acusações palestinas de que Israel está tentando sabotar os esforços por um cessar-fogo. As ações ocorreram em Nablus e em Hebron, as duas maiores cidades da Cisjordânia. O Exército de Israel disse que o objetivo das operações era procurar terroristas e seus auxiliares, responsáveis por atentados suicidas e outros ataques contra israelenses.

Cerca de 130 palestinos, incluindo supostos militantes e procurados, foram detidos sem resistência durante as ações contra o grupo militante Hamas em Hebron.

– É uma loucura israelense destinada a minar qualquer passo adiante – disse o ministro palestino Yasser Abed Rabbo. – Estas prisões são uma tentativa de sabotar o entendimento com o Hamas. Israel não quer um cessar-fogo.

O primeiro-ministro palestino, Mahmoud Abbas, vem tentando convencer o Hamas e outros grupos militantes a aceitar uma trégua temporária com Israel para acabar com o ciclo de violência que prejudicou o plano de paz anunciado em 4 de junho, durante uma conferência liderada pelos Estados Unidos. As negociações paralelas entre autoridades de segurança israelenses e palestinas terminaram à noite sem acordo final sobre a proposta de retirada israelense do norte da Faixa de Gaza e da cidade de Belém, na Cisjordânia.

Os palestinos querem que Israel reduza suas atividades militares, encerre os assassinatos de líderes militantes, permita o livre acesso de palestinos na principal estrada de Gaza e liberte milhares de palestinos presos. Israel insiste que tem o direito de agir, a não ser que os palestinos atuem contra grupos como o Hamas, facção islâmica comprometida com a destruição do Estado judaico.

A assessora nacional de segurança dos Estados Unidos Condoleezza Rice visitará o Oriente Médio no sábado e no domingo.

As informações são da agência Reuters.