Conforme divulgação do relatório "Drogas Ilícitas - Tendências Globais 2003", lançado nesta quinta, dia 26, no Brasil, pelo Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (UNODC), o país é apontado como consumidor moderado, mas com tendência de alta. Sobre o consumo de maconha, que tem tendência de alta desde 1996, o Brasil aparece em segundo lugar na América do Sul, perdendo apenas para a Venezuela, mas lidera no continente em volume de apreensões da droga, com 146 toneladas em 2001, e nas ações de erradicação do cultivo.

Os dados atualizados, com base em informações dos países membros, no período 2000-2001, e da população acima de 15 anos, mostram que houve aumento de 4,2% para 4,7% do uso abusivo de drogas ilícitas no mundo. Isso representa um total de 200 milhões de pessoas, contra 180 milhões de usuários verificados no relatório anterior.

O país aparece em 9º lugar no consumo da cocaína – a Argentina é líder entre os sul-americanos, seguida pela Colômbia e pela Nicarágua. Não há referências ao país sobre produção de cocaína, opiáceos e anfetaminas. O Brasil também é citado como ponto de reembarque de produtos químicos usados na fabricação da cocaína e destinados à Colômbia, Bolívia e Peru, e apontado, ao lado da Venezuela, como corredor aéreo da produção andina destinada aos Estados Unidos.

A divulgação das informações pesquisadas ocorreu na Semana Internacional de Preveção ao Uso de Drogas. O relatório mundial, que teve lançamento mundial na última quarta, dia 25, em Paris, indicou tendência de queda no consumo de heroína e cocaína no último ano no mundo. Entretanto, as drogas sintéticas e a maconha continuam a crescer.

– O consumo de heroína e cocaína diminuiu, sobretudo na Europa, onde aumentou muito o consumo das drogas sintéticas, o que também se detectou nos Estados Unidos – afirmou o responsável da UNODC, Antônio Maria Costa.