| 07/07/2003 11h59min
Uma Comissão Parlamentar de Inquérito concluiu nesta segunda, dia 7, que o premiê britânico Tony Blair e seu governo não enganaram o Parlamento e não fabricaram provas para justificar o envolvimento da Grã-Bretanha na guerra contra o Iraque.
Apesar dessa conclusão, os parlamentares criticaram as autoridades governamentais por darem destaque a informações duvidosas dos serviços de inteligência em um relatório divulgado em setembro e por copiar a tese de um estudante em um dossiê divulgado em fevereiro
A Comissão de Assuntos Externos, que investigou as acusações de que as autoridades teriam exagerado os dados dos serviços de inteligência sobre a força bélica do Iraque, considerou inocentes Blair, um assessor dele e ministros.
O relatório final da comissão, rejeitado pelos parlamentares da oposição que a integram, compõe o último capítulo de uma disputa acirrada entre o governo e a BBC a respeito das armas do Iraque. A rede de televisão, citando fontes anônimas dos serviços de inteligência, acusou um importante assessor de Blair de ''inflar'' um dossiê sobre as armas iraquianas. O próprio premiê deve responder às críticas a respeito dos dossiês iraquianos em depoimento à comissão.
Segundo a BBC, o chefe de comunicações de Blair Alastair Campbell inseriu uma informação no documento, afirmando que o Iraque poderia mobilizar suas armas de destruição em massa em 45 minutos. Os Estados Unidos e a Grã-Bretanha usaram a suposta presença desse tipo de armamento no Iraque para atacar o país. Até agora, porém, nenhuma arma de destruição em massa foi encontrada no país árabe.
As informações são da agência Reuters.
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