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Ruralistas, sem-terra e prefeitos da região central do Estado devem se reunir neste domingo, dia 20, em São Gabriel, para negociar um acordo para solucionar o impasse provocado pela obstrução da Ponte do Verde na BR-392, entre Santa Maria e São Sepé. Desde as 9h deste sábado, dia 19, um grupo de 500 produtores rurais bloqueou a passagem da marcha dos 800 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que segue em direção a São Gabriel.
Até o início da noite, nenhum dos dois grupos admitiu deixar o local. Os representantes do MST dizem que não vão retroceder porque não há condições de acampar no local. Os ruralistas, por sua vez, dizem que liberam a passagem dos sem-terra se eles assinarem um termo se comprometendo a não invadir terras na região. Os integrantes do Movimento dos Produtores em Defesa da Propriedade estariam montando uma segunda barreira a 3 quilômetros de distância.
A situação ficou tensa quando, ao meio-dia, uma liderança do MST avisou que iria reiniciar a marcha às 13h. Então, os ruralistas ocuparam a ponte, exibindo cachorros, lanças e cacetetes. Os sem-terra se reuniram e decidiram esperar pela presença do secretário Estadual da Reforma Agrária, Vulmar Leite, para resolver o impasse. O secretário iniciou as negociações, mas logo em seguida o clima fica tenso. Os sem-terra ameaçaram avançar. O pelotão de choque ocupou a ponte e o trânsito fica completamente interrompido na BR-392. Após o clima de tensão, tráfego de veículos foi liberado em meia pista. Cerca de cem policias da Brigada Militar monitoram a situação.
Por causa do fracasso das negociações, o presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Carlos Sperotto, já retornou à Capital. Para tratar da questão, ele disse que pedirá audiência com o governador Germano Rigotto.
A marcha do MST foi retomada na última sexta, dia 18. Os sem-terra pretendiam deixar o município de São Sepé e prosseguir mais 18 quilômetros na manhã deste sábado em direção a São Gabriel, onde fica a área do agropecuarista Alfredo Southall – cuja desapropriação, determinada pelo governo federal, foi suspensa por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo Ivanete Tonim, uma das dirigentes do MST, os fazendeiros estão impedindo o direito de ir e vir, garantido pela Constituição Federal para todos os brasileiros em todo o território nacional.
As informações são da Rádio Gaúcha, Zero Hora e RBS TV.
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