| 24/07/2003 09h33min
Um cinegrafista que presenciou a morte do fotógrafo da revista Época, Luiz Antônio da Costa, revelou que o assassino do repórter fotográfico não teria agido sozinho. A testemunha, que estava em frente ao acampamento dos sem-teto em São Bernardo do Campo, onde ocorreu o assassinato, garantiu que poderia ter filmado o crime não fosse um outro suspeito, que puxou a sua câmera. Na manhã desta quinta, dia 24, a situação é tranqüila no acampamento.
O cinegrafista, que não quis se idetificar, afirmou que antes de o tiro ter sido disparado, estava captando imagens. Pouco antes do crime, teria reparado em um rapaz caminhando na direção dele. O jovem, em seguida, tentou puxar a câmera da mão do cinegrafista, momento em que Luiz Antônio da Costa era atingido.
– Quando eu olhei para ele e puxei a câmera, escutei o barulho do tiro. Se ele não tivesse puxado, realmente eu ia pegar de frente tudo – assegurou.
Uma das hipóteses investigadas pela polícia é a de que o fotógrafo teria visto ou fotografado um assalto a um posto de gasolina, próximo ao acampamento dos sem-teto, no terreno da Volkswagen, ocupado por cerca de 3 mil famílias desde o último sábado. A revista Época, no entanto, nega que Costa tenha fotografado o roubo.
De acordo com o representante da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ariel de Castro, uma pessoa chegou com a arma em punho para assassinar o fotógrafo. Castro disse que quando o repórter iria fazer a foto, o homem deu o disparo à queima-roupa.
Chamou a atenção das testemunhas a frieza com que o assassino se aproximou do fotógrafo e atirou. Ele fugiu em seguida, entrando dentro do acampamento.
Com informações da Globo News.
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