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Depois de participar da distribuição de cartões do Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu novamente as reformas agrária e da Previdência, nesta quinta, dia 24, durante um seminário sobre agricultura familiar em Concórdia, no oeste de Santa Catarina.
Ao falar sobre as dificuldades dos trabalhadores rurais em se aposentar, pois muitas vezes eles não conseguem o benefício por não terem como comprovar o trabalho no campo, Lula falou daqueles que criticam a reforma.
– Alguns setores privilegiados do setor público, porque 90% ganham mal e vivem mal depois de aposentado, (...) não se conformam com a proposta de reforma – afirmou o presidente.
– Porque tem gente que, num país onde tem 40 milhões passando fome, num país onde salário mínimo é de 240 reais, que acha pouco se aposentar com 17 mil reais, com 19 mil reais, com 20 mil reais – completou.
O comentário do presidente atinge principalmente reivindicações do Judiciário de elevação do subteto estadual de aposentadoria previsto na reforma. Pelo texto aprovado na comissão especial da Câmara dos Deputados na quarta-feira, o máximo de aposentadoria a ser paga pela União é o salário de um ministro do Superior Tribunal Federal (STF) – cerca de 17,1 mil reais –, enquanto nos Estados o limite será de 75% desse valor. Setores do Judiciário querem o esse teto passe para 90,25%.
Sobre a reforma agrária, Lula argumentou que não existe justificativa para qualquer ato de violência no campo, “de quem quer que seja'', num país tão grande e com uma terra tão produtiva. O presidente ressaltou, no entanto, que a reforma agrária não é pegar “um miserável da cidade e fazer com que ele continue miserável no campo'', mas sim dar condições para o assentado produzir e sustentar sua família.
Com informações da agência Reuters.
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