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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva considerou "tão absurdas" as afirmações atribuídas ao coordenador nacional do Movimento dos Sem-Terra (MST), João Pedro Stédile, que vai aguardar uma confirmação do próprio líder rural para se pronunciar a respeito. A informação é do porta-voz da Presidência, André Singer.
Em declarações publicadas pelo jornal Zero Hora na edição de quinta, dia 24, Stédile convoca os sem-terra a promoverem uma "guerra" contra os 27 mil latifundiários do país. As declarações foram dadas na última quarta, dia 23, durante palestra no município de Canguçu, no interior Rio Grande do Sul.
– O presidente considerou as frases atribuídas ao coordenador do MST tão absurdas que prefere aguardar uma eventual confirmação por parte do coordenador antes de se pronunciar – disse André Singer.
O MST já divulgou nota oficial contestando o teor da reportagem e criticou duramente o jornal por ter, segundo afirma, "distorcido e manipulado" as declarações. Vários representantes do governo, porém, já responderam às frases de Stédile. O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, classificou as palavras do coordenador do MST como absurdas, equivocadas e uma "ameaça" ao estado de direito democrático. Já o presidente do PT, José Genoíno, disse que o partido não compactua com um "clima que gere medo e insegurança" promovido por alguns líderes do MST.
O presidente também confirmou, por intermédio do porta-voz, que não está previsto em sua agenda encontro os com integrantes da União Democrática Ruralista (UDR), entidade que representa os fazendeiros e grandes proprietários de terras.
André Singer disse não ter sido informado de um eventual pedido de audiência com o presidente por parte dos ruralistas - o que justificaria o fato do encontro não ter sido marcado na agenda de Lula.
– Eu não tenho informação de que tenha havido alguma manifestação da UDR", afirmou o porta-voz.
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