O ministro francês das Finanças e Comércio, Laurent Fabius, propôs nesta sexta-feira, durante o Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, uma parceria entre os encontros realizados em Porto Alegre e em Davos. Para a autoridade francesa, é um equívoco considerar que o Fórum de Davos só tem preocupações com as grandes corporações, os países ricos e com o neoliberalismo. O ministro considera o Fórum aberto a manifestações democráticas. Nesta manhã, o principal pronunciamento foi o do presidente mexicano Vicente Fox, mas várias autoridades lembraram em seus pronunciamentos o Fórum Social Mundial de Porto Alegre. Segundo informações da jornalista Ana Amélia Lemos, enviada à Suíça, todos esperam propostas concretas de Porto Alegre, que possam corrigir os equívocos da globalização. Também nesta sexta-feira, o vice-diretor-gerente do FMI, Stanley Fischer, disse estar confiante de que o Brasil vai crescer mais de 4% este ano. O presidente do Banco Central, Armínio Fraga, por sua vez, afirmou, durante entrevista coletiva no Fórum Econômico Mundial em Davos, que o "cenário pior, de uma profunda e prolongada recessão nos EUA, é muito pouco provável". Ele afirmou ter confiança de que a economia brasileira vai manter sua trajetória de crescimento neste ano de 4,5% e dentro da meta inflacionária de 4%. Os demais indicadores como a taxa de desemprego, segundo Fraga, também são muito favoráveis.