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Começa nesta segunda, dia 28, em Montreal, Canadá, uma reunião da Organização Mundial de Comércio (OMC) preparatória da grande conferência ministerial de setembro no México, com representantes de 146 países. Este será o último de uma série de encontros informais destinados a abrir caminho nas negociações para a redução multilateral de obstáculos a exportações e importações.
O ministro de Comércio canadense, Pierre Pettigrew, convidou 25 colegas para analisar o atual estágio de negociações. O Brasil participa representado pelo ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues. Os elevados subsídios dos países ricos, especialmente Estados Unidos e os da União Européia (UE), estão entre os pontos mais delicados das tratativas.
As reuniões anteriores, realizadas na Austrália, no Japão e no Egito, não obtiveram resultados concretos. Além da questão agrícola, outros assuntos polêmicos aguardam os ministros, como a redução das tarifas sobre manufaturados, a eliminação de barreiras para a instalação de empresas de serviços – como bancos e companhias de telecomunicações – em qualquer lugar do globo, e a permissão para transnacionais participarem de concorrências governamentais.
O atual estágio das negociações é chamado de Rodada de Doha, porque foram abertas na conferência realizada na capital do Catar, em novembro de 2001. A pretensão é concluir as tratativas até 2005, mas a falta de avanço em sucessivas reuniões já faz com que autoridades projetem a ampliação desse prazo pelo menos até 2007.
Alguns diplomatas chegaram a se referir a esse encontro como "a última esperança" para evitar um grande fracasso em Cancún, que receberá a conferência ministerial de 10 a 14 de setembro. É no balneário mexicano que se definirá, entre outras coisas, o ritmo que se adotará para a liberalização do mercado agrícola mundial.
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