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Manifestantes quebraram vidraças de lojas e de bancos no centro de Montreal, Canadá, nesta segunda-feira, dia 28, em protesto contra a reunião de ministros da Organização Mundial do Comércio (OMC) que ocorre até esta quarta, dia 30. O encontro é preparatório para a próxima rodada que tratará da abertura dos mercados comerciais, em setembro, em Cancun, no México.
Iniciado nesta segunda, dia 28, o evento reúne representantes de 146 países. Este é apontado como o último de uma série de encontros informais destinados a abrir caminho nas negociações para a redução multilateral de obstáculos a exportações e importações.
O ministro de Comércio canadense, Pierre Pettigrew, convidou 25 colegas para analisar o atual estágio de negociações. O Brasil participa representado pelo ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues. Os elevados subsídios dos países ricos, especialmente Estados Unidos e os da União Européia (UE), estão entre os pontos mais delicados das tratativas.
As reuniões anteriores, realizadas na Austrália, no Japão e no Egito, não obtiveram resultados concretos. Além da questão agrícola, outros assuntos polêmicos aguardam os ministros, como a redução das tarifas sobre manufaturados, a eliminação de barreiras para a instalação de empresas de serviços – como bancos e companhias de telecomunicações – em qualquer lugar do globo, e a permissão para transnacionais participarem de concorrências governamentais.
O atual estágio das negociações é conhecido como Rodada de Doha, porque foram abertas na conferência realizada na capital do Catar, em novembro de 2001. A pretensão é concluir as tratativas até 2005, mas a falta de avanço em sucessivas reuniões já faz com que autoridades projetem a ampliação desse prazo pelo menos até 2007.
Alguns diplomatas chegaram a se referir a esse encontro como "a última esperança" para evitar um grande fracasso em Cancún, que receberá a conferência ministerial de 10 a 14 de setembro. É no balneário mexicano que se definirá, entre outras coisas, o ritmo que se adotará para a liberalização do mercado agrícola mundial.
Com informações da agência Reuters e do jornal Zero Hora.
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