| 28/01/2001 18h11min
Na manhã deste domingo, na conferência Como Promover a Universalização dos Direitos Humanos e Assegurar a Distribuição de Riquezas? foram discutidas alternativas sobre universalização dos direitos humanos, no Centro de Eventos da PUCRS, em Porto Alegre. – Não temos problema com o volume da produção, mas com a distribuição da riqueza, defendeu o presidente do conselho científico da Associação por uma Taxação de Transação Financeira pela Ajuda ao Cidadão (Attac), o francês René Passet, painelista do encontro. A Attac foi fundada em 1998 para fazer frente à globalização do capital, que migra sem controle pelas bolsas de valores do mundo, promovendo altas e quedas vertiginosas no mercado acionário, derrubando economias frágeis. Uma das principais propostas da Attac é a criação da Taxa Tobin - um imposto sobre transações financeiras que compensaria os prejuízos com o vai-e-vem do capital especulativo. – Sugerimos ao presidente Fernando Henrique que apoiasse internacionalmente a criação da taxa – declarou o senador Eduardo Suplicy (PT/SP), outro conferencista do painel. O senador reforçou que instrumentos como a Taxa Tobin podem financiar projetos sociais. Suplicy destaca os programas de renda mínima que garantem um salário fixo mensal aos cidadãos. No Alasca, onde um sistema do gênero foi adotado, todos os moradores, independente da condição social, recebem um salário extra institucional, segundo o petista. A falta de dinheiro pode ser fatal para os países pobres, defendeu a vice-presidente do Congresso de Sindicatos Sul-africanos (Cosatu), Joyce Phekane. A maioria negra da África do Sul convive com problemas econômicos sérios, agravados pela exclusão étnica e seu abismo social. O país convive com uma verdadeira epidemia de Aids. Tem 4 milhões de soropositivos sem recursos para bancar o tratamento. As principais vítimas, define Joyce, são os jovens e as mulheres. A representante da Rede Dawn, Gigi Franciso, da Filipinas, reforçou os problemas da exclusão da mulher – que podem ser vistos até no evento de Porto Alegre. A entidade aproveitou a conferência para ler uma carta em que um grupo de ativistas pediu à coordenação do fórum que na próxima edição reforce a agenda feminina do evento. Mais informações sobre o evento no especial Fórum Social Mundial.
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