| 28/01/2001 22h30min
Pelo menos cem manifestantes antiglobalização continuavam presos neste domingo, por terem participado de protestos violentos em Zurique no sábado à noite. Frustrados por não conseguirem realizar a grande manifestação programada para o sábado em Davos contra o Fórum Econômico Mundial, mais de mil ativistas seguiram de trem para Zurique e ocuparam ruas do centro da cidade. Durante o protesto, manifestantes mais radicais incendiaram carros, destruíram janelas de lojas e atiraram pedras em edifícios públicos. A polícia usou balas de festim, gás lacrimogêneo e canhões de água para dispersá-los. Em Berna, também na noite de sábado, cerca de cem pessoas fizeram um protesto que deixou dois carros destruídos. Ao menos dois manifestantes foram presos. A estação de trem de Davos foi reaberta neste domingo, mas a polícia manteve a vigília. Cerca de 12 organizações não-governamentais (ONGs) de caráter social presentes ao Fórum Econômico Global, em Davos, vão divulgar comunicados sobre a proibição e repressão policial à manifestação antiglobalização. O primeiro será dirigido ao governo suíço e consistirá em uma dura condenação do fato de a manifestação ter sido proibida, e também aos métodos empregados para que os militantes anti-globalização não chegassem a Davos. Segundo Jeremy Rifkin, presidente da ONG americana Fundação sobre Tendências Econômicas, o outro documento será dirigido aos organizadores do Fórum e conterá uma lista de condições para que as ONGs de caráter social continuem a participar do evento.
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