| 05/08/2003 12h21min
Sindicalistas, representantes das montadoras e o governo fecharam acordo nesta terça, dia 5, para reduzir em 3 pontos percentuais o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos automóveis de até 2 mil cilindradas (populares e médios). A medida é para estimular a venda de carros encalhados e manter o nível de emprego no setor até 30 de novembro.
Para compensar o imposto que já foi arrecadado sobre 100 mil carros que já estão nas concessionárias, as montadoras deixarão de repassar ao governo um ponto percentual adicional por mês de IPI, num total de 4 pontos percentuais até outubro. A renúncia fiscal com a redução do IPI chegará a R$342 milhões.
Embora para o consumidor final a redução do IPI seja de 3 pontos percentuais, do ponto de vista da arrecadação, o IPI dos carros médios, que hoje está em 15%, passará a ser de 11% nos três primeiros meses e em novembro cairá para 12%.
Os carros à álcool médios e os flexíveis (usam álcool ou gasolina) terão redução de IPI de 13% para 9%, até outubro, e depois passarão para 10%.
Os carros populares que têm IPI de 9% passarão para 5%, no primeiro momento, e no último mês para 6%.
O presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Ricardo Carvalho, mesmo admitindo que o acordo é emergencial e por tempo determinado, disse que a medida vem num bom tempo e prometeu cumprir com os compromissos assumidos junto ao governo para alavancar as vendas e manter os empregos.
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