| 06/08/2003 09h29min
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou nota pedindo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva medidas emergenciais para a retomada do crescimento da economia. Assinada por 32 associações empresariais presentes ao Fórum Nacional da Indústria, a "Visão da Indústria" defende a redução das alíquotas dos compulsórios dos bancos e a queda da taxa básica de juros, atualmente em 24,5%.
Pelo documento, as medidas imediatas seriam tomadas com recursos já existentes do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico sobre os Combustíveis (Cide) e do orçamento da União.
– É preciso utilizar logo esses recursos em investimentos que tenham alto potencial de dinamizar inclusive outros setores e de criar novos empregos – disse o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto.
O documento cita, ainda, ações que o governo deveria tomar para incentivar os investimentos, como acelerar a definição dos marcos regulatórios dos setores de energia elétrica e saneamento básico, aperfeiçoar a coordenação dos projetos para evitar "a emissão de sinais contraditórios" que prejudicam a decisão de investir e reafirmar o compromisso com o direito à propriedade privada e respeito aos contratos.
A CNI apoiou o projeto de reforma da Previdência do governo federal.
– É preciso assegurar uma reforma da Previdência que garanta a solvência fiscal e o aumento da justiça social – destacou Monteiro Neto.
Ao defender também a reforma tributária, o presidente da confederação explicou que os empresários da indústria entendem que o aumento da arrecadação do governo só se tornará cabível caso ocorra por meio do crescimento econômico, e não do aumento de impostos. Ele observou que os empresários só retomarão os investimentos no país caso o governo consiga gerar um ambiente de confiança na economia. Isso é fator fundamental para a retomada do crescimento econômico sustentado.
Com informações da Rádio Gaúcha e da agência CNI.
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