A campanha do Figueirense no Brasileirão 2003 vai ficar identificada pela quebra de tabus. As vitórias inéditas são a credencial da equipe alvinegra nesta temporada. Uma sobre o Flamengo, por 2 a 0, em pleno Maracanã, a primeira no maior estádio do mundo. Outra sobre o Cruzeiro, por 1 a 0, a primeira sobre um líder do campeonato. E a última, na quinta, sobre o Corinthians, por 1 a 0, a primeira sobre o Timão.

Após derrubar três clubes grandes do país, restam ainda alguns desafios neste segundo turno. Dos 23 adversários desta edição do Brasileirão, nove nunca foram pelo derrotados pelo time catarinense em partidas válidas pelo Nacional, a começar pelo rival catarinense Criciúma.

Os outros são Fortaleza, Goiás, Guarani, Ponte Preta, Santos, São Paulo, Vasco e Vitória, esse último adversário de domingo, no Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis, em jogo marcado para às 16h.

Na tarde desta sexta, dia 9, após o desembarque da delegação alvinegra na Capital, vinda de São Paulo, os jogadores que atuaram os 90 minutos contra o Corinthians realizaram uma sessão de hidroginástica, na piscina do Centro de Educação Física e Desportos (Cefid) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc).

A exemplo do que ocorreu em relação à imprensa paulista após a partida no Pacaembu, o goleiro Édson Bastos foi novamente o mais assediado. Apesar do gol da vitória ter sido marcado por William, as defesas do dono da camisa número 1 foram apontadas como as grandes responsáveis pelo resultado.

– Fico feliz de estar sendo reconhecido – disse, sereno diante da agitação ao seu redor.

Além do talento, Édson Bastos contou com a sorte contra o Timão. Os jogadores corintianos não conseguiram superar o travessão, que foi carimbado em quatro chutes.

– Sorte é importante, mas tem que estar aliada à competência – afirmou o goleiro, que garante não ter motivação especial diante de clubes grandes – Entro com a mesma concentração em todos os jogos.

O confronto com o Timão deixou um rastro de lesões no Orlando Scarpelli. Principalmente musculares, causadas pelo esforço da difícil partida. Bilu e Triguinho foram dois que reclamaram de dores após o jogo.

William já sentia uma lesão na coxa mesmo antes de cobrar a falta que determinou o gol da vitória. Finalmente, Márcio Goiano levou uma pisada no pé. Mas ninguém preocupa para o compromisso de domingo contra o Vitória.

MAURICIO XAVIER/DIÁRIO CATARINENSE