| 14/08/2003 21h16min
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou nesta quinta, dia 14, a aprovação inicial da reforma da Previdência em um discurso político conciliador ao mesmo tempo em que reafirmou que não irá tolerar a radicalização no campo.
– Não permitirei o confronto e não compactuarei com nenhum tipo de ilegalidade. A lei será cumprida ao pé da letra – disse Lula em pronunciamento de dez minutos em rede nacional.
– Chamo a atenção dos sem-terra e também dos proprietários rurais: o governo tem seu tempo e seu prazo, e a radicalização, nesse momento, não traz nenhum benefício a ninguém – disse Lula no discurso gravado em seu gabinete na manhã de quarta-feira.
Essa é a primeira vez que o presidente fala ao país de forma tão contundente sobre a crescente tensão no campo, onde trabalhadores sem-terra aumentaram o número de invasões enquanto os fazendeiros endurecem seu discurso, chegando até a contração de milícias privadas.
Num pronunciamento que misturou discurso de campanha com prestação de contas, Lula prometeu começar a reforma agrária de seu governo ainda este ano.
– Fui eleito para mudar o Brasil, mas não para mudar de qualquer jeito. Fui eleito para mudar para melhor e, sobretudo, para mudar em paz.
O presidente afirmou que as inúmeras negociações e "idas e vindas" para garantir a aprovação em primeiro turno da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados são "uma clara demonstração de um estilo de governo".
– Um governo que sabe o que quer e que é determinado na busca de seus objetivos. Mas que não se sente dono da verdade, e não tem medo de ouvir e de construir acordos.
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