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O ministro da Defesa da Grã-Bretanha, Geoff Hoon, testemunhou nesta quarta, dia 27, na investigação que se tornou o principal teste para o governo de seis anos do primeiro-ministro Tony Blair. Hoon é o primeiro ministro de gabinete a apresentar-se na investigação sobre o suicídio do especialista em armas David Kelly, que se envolveu no escândalo sobre o dossiê do governo para justificar a guerra no Iraque.
O ministro enfrenta questionamentos sobre como o nome do cientista tornou-se público após ter admitido que conversou com um repórter da BBC. O jornalista disse depois do encontro que o governo de Blair havia exagerado no dossiê sobre o Iraque. Em testemunho inicial, Hoon disse que encontrou-se com Kelly por acaso em abril e falou sobre o Iraque – sem saber que ele era o especialista em armas do governo.
– Nós debatemos a política do governo, que a autoridade (Kelly) disse que apoiava com firmeza – afirmou Hoon.
Os investigadores já ouviram que Hoon rejeitou conselhos de seu principal assessor civil para proteger Kelly da hostilidade pública. Kelly cortou o pulso dois dias depois de ter falado ao comitê de assuntos exteriores do parlamento, em 15 de julho.
Blair falará aos comitê de investigação nesta quinta, dia 28, sobre a alegação da BBC de que seu governo exagerou na ameaça de armas iraquianas. O principal assessor de inteligência de Blair, John Scarlett, defendeu o dossiê nesta semana e rejeitou que o governo tenha exagerado. Mas a investigação mostrou que muitos assessores de Blair pressionaram para o dossiê ser mais duro e revelou que o premiê acompanhou de perto as movimentações que levaram à revelação pública do nome de Kelly.
As informações são da agência Reuters.
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