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 | 06/02/2001 18h55min

Fim da barreira à carne gaúcha não deve afetar mercado catarinense

A liberação da entrada do gado vivo e da carne bovina com osso provenientes do Rio Grande do Sul não deve provocar grandes mudanças no preço do produto em Santa Catarina, pelo menos a curto prazo. De acordo com o encarregado da compra dos produtos perecíveis da rede de supermercados Vitória, Marcelo Pereira, a liberação da carne gaúcha não vai afetar em nada os preços da carne vendida nas 43 lojas espalhados por Santa Catarina. – Nós compramos basicamente carne desossada e embalada a vácuo proveniente principalmente do Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina, uma vez que, independente da barreira sanitária, a carne gaúcha é mais cara do que a encontrada nestes outros estados – explica Pereira. O mesmo acontece com a rede de supermercados Angeloni, que tem 19 lojas em Santa Catarina. Segundo o chefe de açougue do Angeloni da Avenida Beira-Mar Norte, em Florianópolis, Cristiano Demarch, toda a carne comprada pela rede vem da cidade de Barra das Garças, no Mato Grosso do Sul, e já chega a Santa Catarina desossada e embalada a vácuo. O diretor de Vigilância Sanitária da Secretaria da Agricultura de Santa Catarina, Adelino Renúncio, no entanto, acredita que o aumento da oferta pode forçar a redução do preço da carne no Estado a médio prazo. Renúncio informa que atualmente Santa Catarina chega a pagar R$ 6 mais caro pela arroba da carne bovina do que o Estado do Paraná. Segundo ele, Santa Catarina compra 47 mil toneladas de carne bovina por ano provenientes do Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul.


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