| 07/02/2001 23h01min
As obras de duplicação do trecho Sul da BR-101 incluem a construção da maior ponte do corredor do Mercosul, 3,2 quilômetros sobre a Lagoa de Imaruí. A proposta foi apresentada nesta quarta-feira, no Cine Teatro Mussi, em Laguna, pelo Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), durante a segunda das três audiências públicas coordenadas pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Os encontros vão definir o traçado ideal da obras de duplicação da BR-101, no trecho entre Palhoça, na Grande Florianópolis, e a divisa de Santa Catarina com Rio Grande do Sul. No encontro, o diretor do DNER, Roberto Ribas, detalhou o projeto de duplicação do lote 5, de 30 quilômetros de extensão. Nesse trecho, os pescadores e ambientalistas defendem a retirada do aterro do Canal de Laranjeiras para salinizar as águas do complexo lagunar, garantir o equilíbrio do ecossistema e melhorar a qualidade do pescado. Porém, a proposta da ponte da ponte não inclui a retirada do aterro. De acordo com Ribas, uma empresa dinamarquesa especializada em projetos hídricos estudou o caso e constatou que a retirada do aterro não alteraria de forma significante o ecossistema. Diante do fato, a comunidade também mostrou-se desconfiada com o projeto, que não contempla o acesso a Laguna pela localidade de Cabeçudas. – O bairro de Cabeçudas irá morrer. Temos 27 peixarias aqui – ressaltou a vice-prefeita Hilda Bicca. A justificativa do DNER é de que seria necessário remover toda a comunidade de Cabeçudas do local para que o projeto de duplicação passasse pela atual ponte.
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