Um integrante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) morreu nesta terça, dia 2, em um confronto com seguranças de uma fazenda em Foz do Jordão, na região centro-sul do Paraná, informou a Secretaria de Segurança Pública.

Além da morte do integrante Paulo Brasil, outros dois sem-terra e um segurança feridos a bala durante o conflito foram internados em hospitais locais. O tiroteio ocorreu pela manhã, quando um grupo de cerca de 200 sem-terra invadiu a Fazenda Trombini, aproximadamente 340 quilômetros a oeste de Curitiba.

Segundo a secretaria, 50 famílias de sem-terra estavam acampadas perto da propriedade havia seis meses. Durante esse período, a empresa Trombini, proprietária da fazenda, teria contratado a empresa de segurança Galina GWS.

Dirigentes do MST disseram que obtiveram autorização do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para ocupar 21 alqueires da propriedade a fim de fazer um "roçado", com o objetivo de produzir alimentos para os acampados. A coordenação do Incra do Paraná não confirmou a informação.

O tiroteio começou quando um grupo do MST entrou na área. O conflito só parou quando houve a interferência da Polícia Militar de Guarapuava, que permaneceu no local até a tarde para evitar novos confrontos.

A polícia prendeu sete seguranças e um sem-terra e apreendeu sete revólveres calibre 38.

O secretário de Segurança do Paraná, Luiz Fernando Delazari, afirmou que acionou o Ministério Público e os presos serão acusados por homicídio, tentativa de homicídio e porte ilegal de armas. Com informações da agência Reuters.