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 | 09/02/2001 17h25min

Indústria nega pressão pela queda do preço do boi vivo

Sindicato afirma que preços praticados são maiores que os do ano passado

Os frigoríficos negam que estejam pressionando o mercado para forçar para baixo o preço da carne no Rio Grande do Sul. De acordo com as indústrias, a queda no preço do quilo do boi vivo se deve à sazonalidade do mercado, quando nos meses do verão ocorre diminuição do consumo. O Sindicato da Indústria da Carne e Derivados do Rio Grande do Sul (Sicadergs) estranha o fato de o preço do quilo do boi vivo ter caído cerca de R$ 0,25, como informou na tarde desta sexta-feira o presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul, Carlos Sperotto. De acordo com o diretor-executivo do Sicadergs, Zilmar Moussalle, não há registro de queda nas cotações. O preço pago ao produtor estaria oscilando entre R$ 2,65 e R$ 2,70 o quilo no mercado gaúcho. Moussalle salienta que, normalmente, há queda nas cotações nesta época do ano. O dirigente explica que o Uruguai está exportando peças para o Rio Grande do Sul, o que força a redução. Outros dois fatores que contribuem para a diminuição no preço pago ao produtor são a oferta de boi gordo para os frigoríficos em função da safra e a chegada de carne desossada vinda de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Estados que estariam exportando o produto para os Estados Unidos e o Canadá. Mesmo tendo queda nas cotações, os preços pagos no Rio Grande do Sul são 20% maiores que os pagos no mesmo período no ano passado. Zilmar Moussalle revela a cotação estava em R$ 2,24 o quilo do boi vivo em janeiro de 2000. O pecuarista gaúcho recebe hoje valores maiores que os praticados no Uruguai e no centro-oeste brasileiro.

 
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