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Uma suposta gravação da Al-Qaeda divulgada neste domingo, dia 7, promete atacar norte-americanos "em qualquer lugar'' e de maneira tão devastadora que os Estados Unidos esquecerão o horror dos ataques suicidas de 11 de setembro de 2001. A fita, com data de 3 de setembro, aparece quatro dias antes do segundo aniversário dos ataques de setembro de 2001 creditados à rede terrorista de Osama bin Laden. O governo norte-americano anunciou na semana passada que está alerta para possíveis ataques.
– Anunciamos que haverá novos ataques dentro e fora que farão os Estados Unidos esquecerem-se dos ataques do 11 de setembro – disse na gravação um porta-voz da Al-Qaeda, em transmissão da televisão árabe Al Arabiya. Ele identificou-se como Abu Abdel-Rahman al-Najdi.
– Garantimos aos muçulmanos que os quadros da Al-Qaeda dobraram. Nossas vítimas não são nada comparadas às nossas condições agora. Nossas próximas operações de martírio provarão a vocês o que estamos dizendo – ameaçou o porta-voz da rede terrorista.
A organização divulgou cinco fitas neste ano prometendo ataques contra os EUA.
A voz na fita negou ligação com a morte o líder muçulmano xiita Mohammed Baqer al-Hakim em um ataque com carro-bomba no mês passado no Iraque. Outras 83 pessoas morreram na explosão.
– Negamos com firmeza que a Al-Qaeda tenha qualquer participação nesta explosão que matou Mohammed Baqer al-Hakim, violou a santidade de uma das casas de Deus e matou gente inocente. Nosso maior objetivo é lutar contra os norte-americanos e matá-los em qualquer lugar na terra e tirá-los da Palestina, da península arábica e do Iraque. Não temos motivos. Quem matou Baqer al-Hakim foram os norte-americanos e os judeus. Eles queriam livrar-se dele porque sabiam que sua lealdade estava com o Irã – acusou o membro da Al-Qaeda.
Outro motivo para o assassinato, disse, seria incitar a disputa entre sunitas e xiitas e deixar os xiitas, que formam 60% da população do Iraque, contra a Al-Qaeda, dominada por sunitas.
O terrorista também disse que as perdas dos EUA no Afeganistão são muito maiores do que as anunciadas por Washington. Os EUA dizem que pouco mais de 180 soldados morreram em combates desde o início da ação militar no Iraque, em março, incluindo 70 após a declaração formal do fim dos principais combates, em 1º de maio. O porta-voz da organização terrorista disse que o mulá Mohammad Omar, líder do Taliban, e Osama bin Laden, estão vivos e liderando a batalha contra as forças dos EUA no Afeganistão.
Ele exortou os muçulmanos a lutarem uma guerra santa (jihad) contra forças dos EUA.
– Deus abriu as portas da jihad no Iraque e na Palestina, então não as fechem.
Os EUA afirmam que estão alertas para ameaças de atentados, mas o Departamento da Segurança Interna disse que não tem dados específicos sobre alvos e datas.
As informações são da agência Reuters.
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