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Havia uma dezena de meses que o Rio Grande do Sul não amargava um resultado negativo no indicador que reflete a produção industrial. Em julho deste ano, entretanto, a produção no parque industrial gaúcho caiu 1,2%. Apesar do mau resultado, os demais indicadores permaneceram positivos, mas decrescentes: o acumulado do ano registrou aumento de 2,3% e o dos últimos 12 meses, 3,2%. A baixa no Estado gaúcho foi uma tendência observada em oito dos 12 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), levantamento cujos resultados foram apresentados nesta sexta, dia 12.
Em comparação com julho de 2002, dentre os 12 locais pesquisados, oito apresentam índices negativos. Com resultados inferiores à taxa registrada em nível nacional (-2,5%) encontram-se indústrias que, de maneira geral, caracterizam-se pela menor relação com as exportações e a agroindústria, estando relativamente mais atreladas ao desempenho da demanda interna. Bahia (-8,1%), Nordeste (-6,8%), Santa Catarina (-4,6%), Ceará (-4,3%) e Pernambuco (-2,8%) estão nesse grupo.
No Rio Grande do Sul, nove segmentos pressionaram negativamente o índice global na comparação mensal, principalmente fumo (-71,0%), material elétrico e de comunicações (-23,5%) e vestuário e calçados (-13,8%). Em contraposição, mecânica (20,5%) e material de transporte (17,9%) exerceram as principais pressões positivas.
O indicador acumulado no ano permaneceu positivo (2,3%), porém em trajetória descendente. De um total de 19 atividades, nove expandiram a produção, com destaque para as contribuições positivas de mecânica (20,1%) e química (2,9%). Ao contrário da indústria geral, a mecânica não só continua apontando resultados positivos, como está em franca expansão durante o ano de 2003, como observado no gráfico abaixo.
Entre as quatro áreas com índices positivos no comparativo julho 2003/julho 2002, destaca-se o Espírito Santo (12,5%), que mantém a liderança da expansão regional apoiado em um perfil exportador e no aumento da produção de petróleo. As indústrias do Paraná (5,8%) vêm sendo influenciadas pelos fatores exportação e agroindústria. Os destaques da produção paranaense são: mecânica (colhedeiras), química (fertilizantes) e produtos alimentares (café solúvel). Em Minas Gerais, que registra aumento de 0,1% sobre julho do ano passado, o ligeiro crescimento deve-se basicamente ao bom desempenho da metalúrgica.
No indicador acumulado para o período janeiro-julho, há seis locais com queda na produção: Santa Catarina (-3,4%), Pernambuco (-3,3%), Ceará (-2,2%), Minas Gerais (-2,1%), Nordeste (-1,4%) e São Paulo (-1,1%). Nas demais áreas, os resultados são: Rio de Janeiro (0,5%), Sul (1,0%), Bahia (2,1%), Rio Grande do Sul (2,3%), Paraná (3,5%) e Espírito Santo (18,0%).
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