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Com o aumento da pressão para provar que não possui um programa de armas nucleares até o dia 31 de outubro, o governo do Irã alertou que poderá seguir os passos da Coréia do Norte e abandonar o Tratado de Não-Proliferação nuclear.
Depois de um intenso lobby norte-americano a favor de uma ação contra o Irã, o comitê de 35 nações da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) aprovou uma resolução nessa sexta, dia 12, exigindo que o Irã responda a todas as perguntas pendentes a respeito de seu programa nuclear.
A resolução significa que, se a AIEA ainda tiver dúvidas sobre o programa atômico do Irã até novembro, seu comitê poderá declarar que o país está descumprindo suas obrigações internacionais e reportar o fato ao Conselho de Segurança para uma possível execução de sanções econômicas.
A aprovação da resolução irritou o governo do Irã. O embaixador do Irã para a AIEA em Viena, Ali Akbar Salehi, disse que o fato mostrava que os Estados Unidos pretendem invadir o Irã, assim como invadiram o Iraque.
Em uma entrevista para o semanário alemão Der Spiegel, Salehi mostrou-se contrariado com o desejo dos Estados Unidos de impedir que o Irã enriqueça urânio, devido ao medo do governo norte-americano de que o país tenha a intenção de fabricar uma bomba atômica.
A resolução exige que o Irã suspenda por enquanto qualquer atividade de enriquecimento de urânio e que não o introduza em sua usina em Natanz.
– Podemos em um primeiro momento limitar a nossa cooperação com a AIEA para o mínimo possível – disse Salehi na entrevista que, segundo o Der Spiegel, ocorreu na quarta, dia 10, um dia depois da divulgação da proposta de resolução.
– Podemos também interromper a cooperação. E em última instância, não posso descartar a possibilidade de que possamos sair do Tratado de Não-Proliferação.
O governo iraniano nega as alegações norte-americanas de que o país violou o Tratado de Não-Proliferação na tentativa de desenvolver secretamente armas atômicas.
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