| 14/09/2003 10h23min
O vice-premiê de Israel, Ehud Olmert, disse neste domingo, dia 14, que matar o presidente palestino Yasser Arafat é uma das opções em sua ameaça de "removê-lo'' por ser visto pelo líder israelense como um obstáculo para a paz.
– Nós estamos tentando eliminar todas as cabeças do terror, e Arafat é uma das cabeças do terror – disse Olmert.
O chefe de negociação de paz dos palestinos Saeb Erekat disse em resposta que um pensamento "como esse é coisa da máfia, não de um governo''. O gabinete de segurança de Israel decidiu "remover'' Arafat após dois atentados suicidas que mataram 15 israelenses na terça-feira, os últimos nos três anos de violência na região no levante palestino. Mas não foi dito quando uma ação contra Arafat poderia ser tomada.
O discurso vago de Israel tinha aberto caminho para uma série de opções, como o exílio, o isolamento ou a morte de Arafat – proposta que a imprensa disse que teria sido levantada pelo ministro israelense da Defesa Shaul Mofaz. A ameaça de Israel motivou manifestações em vários lugares, com Washington – principal aliado dos israelenses – juntando-se ao coro daqueles que são contra uma ação violenta contra Arafat, um veterano símbolo das aspirações dos palestinos por independência.
Dezenas de milhares de palestinos manifestaram no sábado em suporte a Arafat, muitos prometendo lutar com suas vidas se necessário no danificado quartel em Ramallah, na Cisjordânia.
Arafat, efetivamente confinado no complexo Muqata nos últimos 21 meses pela presença de soldados israelenses em Ramallah, falou com os palestinos por telefone via rádio, proclamando o apoio à "paz dos bravos''. Arafat disse no sábado que ainda está comprometido com um plano liderado pelos EUA para a constituição de um Estado Palestino até 2005, uma proposta que está cada vez mais enfraquecida com a continuidade dos conflitos.
As informações são da agência Reuters.
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