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O chefe da polícia da Indonésia, o país islâmico mais populoso do mundo, afirmou nesta sexta, dia 19, que acredita que militantes muçulmanos preparam mais ataques no país.
O general Da'i Bachtiar participou de reunião com religiosos islâmicos, onde ressaltou que as autoridades precisam continuar firmes porque a luta contra o terrorismo está longe de acabar. Os líderes religiosos islâmicos não estão satisfeitos com o tratamento que a polícia do país dá aos acusados de fazer parte de ataques terroristas.
No mês passado, um atentado contra o hotel Marriott matou 12 pessoas. Nas explosões em casas noturnas de Bali, em outubro de 2002, morreram 202 pessoas, a maioria turistas estrangeiros. As autoridades atribuem os dois ataques ao grupo Jemmah Islamiah, ligado à rede Al Qaeda.
Bachtiar disse que, embora a polícia tenha feito progressos nas investigações do atentado do hotel e do ataque ocorrido em Bali, em 2002, ainda há vários suspeitos que continuam foragidos. "A partir de nossas investigações, podemos dizer que eles ainda planejam atentados a bomba, eles armazenam bombas e há mesmo aqueles que estão prontos para cometer ataques com carros-bomba, cinturões-bomba ou outros tipos", afirmou o general a jornalistas na Grande Mesquita de Jacarta, onde ocorreu a reunião.
A comunidade islâmica e grupos de defesa dos direitos humanos disseram ao general que em alguns casos as prisões equivaleram a seqüestros, porque a polícia não presta informações sobre os presos a seus parentes.
Outra autoridade policial, Erwin Mappaseng, chefe do Departamento de Investigações Criminais, revelou que suspeitos de atos terroristas presos confessaram que outros ataques estavam sendo preparados. Mappaseng também vinculou alguns dos suspeitos a Hambali, acusado de ser o cérebro operacional da Jemaah Islamiah, e hoje detido pelos EUA. "É um sistema de células", afirmou o policial.
O trabalho da polícia no atentado de Bali vem sendo muito elogiado por sua velocidade e rigidez. O governo estuda atualmente ampliar os poderes das forças de segurança para o combate ao terrorismo, o que cria preocupação de grupos de defesa dos direitos humanos e de políticos da oposição, que vêem a possibilidade de abusos.
Com informações da agência Reuters
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