| 15/02/2001 09h59min
O Ministério da Agricultura publicou Instrução Normativa disciplinando a comercialização e o abate de bovinos importados de países onde já foram registrados casos da doença da vaca louca. A portaria proíbe a comercialização, a transferência para outro estabelecimento e o abate de bovinos importados de países com registro de vaca louca ou considerados de risco para a doença, sem autorização do serviço oficial de defesa sanitária animal. A medida servirá para atender as exigências da missão técnica oficial do Canadá, dos Estados Unidos e do México, que investiga a sanidade do rebanho. Os bovinos importados de países de risco deverão, quando não mais destinados à reprodução, ser sacrificados e destruídos. O objetivo do grupo é conferir os procedimentos adotados pelo governo brasileiro para proteger o gado da doença, que já matou mais de 200 mil animais na Europa. O chefe da Agência de Inspeção Alimentar canadense, Brian Evans, que comanda a comitiva, disse que o principal interesse da inspeção não é o rebanho nativo, mas os exemplares adquiridos da Europa na última década. Dados da Receita Federal revelam que, de 1980 a 1994, somente da Alemanha e da França foram trazidos 4.391 bovinos. Os técnicos querem saber onde estão esses animais, em que condições se encontram e qual o destino quando não são mais usados para reprodução. O rastreamento completo dos exemplares deve ser apresentado pelos técnicos brasileiros, na primeira reunião com os especialistas estrangeiros. No Rio Grande do Sul, o levantamento foi concluído e enviado ao ministério. Segundo o presidente da Comissão de Pecuária de Corte da Farsul, Fernando Adauto de Souza, dos cerca de 200 bovinos importados da Alemanha e da França nos últimos 20 anos, restariam vivos no Estado 33 animais das raças limousin e charolês.
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